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Nigeriano é preso por matar 110 “crianças bruxas”

O homem, que afirma ser o “bispo” Sunday Ulup-Aya, revelou a uma equipe de filmagem de um documentário que ele “livrou” as crianças de um espírito demoníaco que as possuía.

Mas, após sua prisão, ele teria dito à polícia que “apenas matou as bruxas que viviam dentro das crianças e não as próprias crianças”.

Duas crianças foram encontradas quando a polícia invadiu a casa onde ele estava, mas não foram encontradas provas de que ocorreram assassinatos no local.

Ativistas de defesa dos direitos infantis no país afirmam que muitos menores são abandonados, agredidos e até assassinados porque suas famílias acreditam que estas crianças são bruxas.

Pessoas que afirmam ser “pastores” conseguem extorquir dinheiro dessas famílias com a promessa de exorcizar as crianças, mas até agora ninguém havia sido preso ou processado.

A prisão de Ulup-Aya ocorreu depois que um ativista se fingiu interessado em um exorcismo e negociou o preço do ato com ele, que não sabia que havia policiais presentes.

Ele agora deve ser processado por assassinato.
Cinco outras pessoas também foram presas desde o fim de semana, e o governo do Estado de Akwa Ibom disse que planeja realizar novos flagrantes.

Crença
Sam Ikpe-Itauma, da organização Rede para os Direitos Infantis e Reabilitação (CRARN, na sigla em inglês), afirma que trabalha há seis anos para chamar a atenção do governo do Estado de Akwa Ibom para a questão das crianças abandonadas, vendidas a traficantes ou assassinadas.

Mas, a prisão só foi feita depois que uma equipe de documentaristas da Grã-Bretanha mostrou o filme no mês de novembro. “Tantas pessoas aqui acreditam que crianças possam ser possuídas por demônios que são raras as ações contra aqueles que alegam que podem libertar as crianças em exorcismos violentos”, disse.

A organização de Ikpe-Itauma cuida de 170 crianças que foram abandonadas ou sofreram abusos depois de serem acusadas de serem bruxas.

Segundo Ikpe-Itauma outros “pastores” que alegavam libertar crianças da possessão demoníaca em exorcismos violentos foram presos, mas então libertados discretamente pela polícia.

“Agora eu temo pela minha vida”, afirmou. O porta-voz do governo do Estado de Akwa Ibom, Aniekan Umanah, negou que as autoridades tenham sido constrangidas e obrigadas a agirem para a prisão de Ulup-Aya.

“Ninguém sabia a respeito dele, ele mora em um vilarejo muito remoto”, afirmou. Umanah acrescentou que o governo estadual cuida de crianças vítimas de abuso, mas não consegue encontrar os responsáveis por este abuso devido à “falta de documentação”. 
 
Fonte: BBC Brasil

Uma em cada 10 crianças sofre abuso nos países ricos, diz estudo

abusoinfantil

A cada ano, uma em cada 10 crianças de países desenvolvidos é vítima de algum tipo de abuso, segundo estudo publicado nesta quarta-feira na revista científica The Lancet.

De acordo com a pesquisa, compilada a partir de vários estudos anteriores realizados em países da América do Norte, Europa e Oceania, entre esses abusos estão negligência, agressão física, atos sexuais e abuso emocional. Além disso, segundo os autores, apenas 10% dos casos de abuso são acompanhados pelas autoridades.

Os resultados mostram que o problema é mais grave do que se acreditava nas nações desenvolvidas.

Prejuízos a longo prazo
O estudo mostra que durante a infância, de 5% a 10% das meninas e até 5% dos meninos são expostos a atos sexuais com penetração – e até o triplo disso é exposto a qualquer tipo de abuso sexual. O casos de agressão física afetam de 4 a 16% das crianças.

Em entrevista à BBC Brasil, a coordenadora da pesquisa, Ruth Gilbert, do Instituto de Saúde Infantil da University College London, alerta que a exposição a vários e repetidos episódios de maus-tratos contribui para a mortalidade infantil, e traz prejuízos que podem perdurar até a fase adulta, como problemas emocionais e mentais, abuso de álcool e drogas, comportamento sexual arriscado, tendência ao crime e até obesidade.

Segundo Gilbert, os serviços de proteção e atenção à criança estão falhando em detectar os casos de abuso, ja que muitos não são levados às autoridades por escolas, médicos e outros profissionais de saúde infantil.

“Seria impossível reportar todos os casos. Mas as autoridades têm que ter recursos para intervir o quanto antes, principalmente em histórias de abusos graves e freqüentes – antes mesmo de avaliar a gravidade da situação” afirmou a cientista.

A pesquisa vem à tona em meio a um grande debate sobre a competência dos serviços de assistência social da Grã-Bretanha, depois que um menino de 1 ano e 5 meses, conhecido apenas como “Bebê P.”, foi morto violentamente pela mãe, seu namorado e um vizinho.

Ele vinha sofrendo abuso meses antes, mesmo com o conhecimento de autoridades. Gilbert disse que a publicação do estudo exatamente neste momento foi uma coincidência. 
 
Fonte: BBC Brasil

Vendedor é preso e confessa ter molestado ao menos 200 crianças

Redação Aqui 

Um vendedor de picolé de 45 anos foi preso em Elói Mendes, Sul de Minas, acusado de abusar sexualmente de pelo menos 200 crianças, segundo ele próprio confessou à Polícia Civil local. Dois garotos, de 8 e 11 anos, foram ouvidos pelo delegado Josias Moreira Giffoni e disseram que recebiam de R$ 0,50 a R$ 1 para praticar atos libidinosos com o vendedor, que teve a sua prisão temporária decretada pela Justiça.

A polícia já tinha recebido diversas denúncias contra o ambulante, que foi preso na manhã de segunda-feira. No dia anterior, ele teria pulado o muro de uma casa e foi flagrado seminu pela proprietária. O homem tirava a roupa da filha dela, de dois anos. O acusado foi preso na manhã seguinte, vendendo picolés naturalmente, próximo à delegacia. Vários menores, a maioria do sexo masculino, disseram ter sofrido abusos.

O acusado é solteiro e mora sozinho. Segundo a polícia, ele aliciava as crianças e as levava para a sua casa, oferecendo picolés e dinheiro para ser gasto em lan-house. Há relatos de que ele tenha consumado relação sexual com algumas das vítimas, mas somente exames de corpo de delito confirmarão ou não isso.

O delegado tem 30 dias para concluir o inquérito e encaminhá-lo à Justiça. Enquanto isso, o vendedor permanecerá recolhido na cadeia pública local. O preso já tem passagens pela polícia, também por atentado violento ao pudor, em 1984. Ele foi liberado uma semana depois.